História
O cinema, abreviação de cinemascópio, existe há mais de um século. Ele funciona por causa da persistência de visão, o fato de o olho humano reter uma imagem por aproximadamente um vigésimo de segundo após vê-la. No começo do século 19, vários aparelhos começaram a aparecer usando a persistência de visão para criar a ilusão de que imagens paradas se moviam. O zoétropo, inventado por William George Horner em 1834, é um instrumento baseado em uma série de figuras em uma tira de papel arrumados dentro de um tambor rotativo. Esse pente tinha pequenos orifícios onde você podia olhar para ver as figuras.
No caso de um tipo específico de zoétropo chamado praxinoscópio, havia um pente espelhado no meio, que permitia ver as figuras olhando por cima do equipamento. As figuras no pente mudavam um pouco de uma para outra. Girando esse pente era possível fazer as figuras rodarem rápido o suficiente para enganar seus olhos e ver a figura se movendo. Essas figuras eram sempre um movimento repetitivo, como uma pessoa andando ou dançando, porque esse movimento podia ser enrolado facilmente. Em uma tira de figuras enrolada, a última figura na série era quase igual a primeira, de maneira que a imagem criaria um ciclo único de movimento simulado, que poderia ser infinitamente repetido para produzir a ilusão de movimento contínuo.
Os primeiros projetores de cinema, como a lanterna mágica, surgiram no fim de 1600, mas apresentavam apenas imagens paradas. Alguns dos primeiros projetores para imagens em movimento foram simplesmente zoétropos modificados. Pessoas criativas usavam tiras transparentes no pente e colocavam uma fonte de luz, geralmente uma lanterna, no meio da caixa, podendo, assim, projetar a imagem por um pequeno orifício ou abertura em uma parede branca ou em um pedaço de pano branco esticado. Obviamente, esse equipamento era muito limitado. Eram operados à mão e usados com o mesmo tipo de animação em círculo ou fotos como no zoétropo original.
Tudo mudou desde que Thomas Edison inventou o cinetoscópio em 1891. Ele usava um motor para mover uma tira de filme na frente de uma fonte de luz. A fonte de luz projetava a imagem do filme em uma tela dentro de uma cabine. Quando ficou óbvio que as pessoas pagariam por esse tipo de entretenimento, muitos inventores começaram a desenhar variações da invenção de Edison. Uma dessas variações operadas manualmente, o kinora, foi inventado pelos irmãos Lumière e fez muito sucesso nos anos 30.
Eles criaram um cinematógrafo em 1895. Esse aparelho portátil era uma câmera, laboratório processador de filme e projetor em um único pacote! Os irmãos viajavam pelo interior da França fazendo filmes que duravam no máximo alguns minutos. Então, eles processavam e projetavam o filme no local! No ano seguinte o vitascópio (que era outra variação do cinetoscópio) começou uma nova era de entretenimento. O vitascópio funcionava como um cinetoscópio básico, mas com uma diferença importante: a imagem era projetada em uma tela grande em uma sala e não em uma tela pequena em uma cabine. Assim começou a corrida para o desenvolvimento do primeiro cinema, o Nickelodeon em Pittsburgh, PA.
Por todo o século 20, os cinemas e projetores cresceram em complexidade. Engenheiros incrementaram os projetores com rodas dentadas e bobinas para facilitar o movimento do filme em frente da fonte de luz. Os filmes foram de alguns minutos de comprimento até uma hora ou mais e, no fim dos anos 20, os entusiastas do cinema foram agraciados com os filmes sonoros, filmes que incluíam uma trilha sonora.
O primeiro filme colorido apareceu nos anos 30, e nos anos 40 e 50 vimos o desenvolvimento de vários processos novos e formatação de vídeos. A bandeja, que revolucionou a indústria, debutou nos anos 60. A mecanização começou a ser usada nos anos 70 e 80, os anos 90 viram o advento do som digital e o crescimento da tecnologia LCDs (telas de cristal líquido). E ainda, apesar de os projetores modernos serem mais rápidos, mais brilhantes e mais funcionais do que seus antecessores e dos fabricantes terem acrescentado vários acessórios com o passar do tempo, a essência do projetor continua a mesma desde o começo do século 20.
Apesar de os projetores digitais já existirem em cinemas selecionados, uma grande parte da indústria do cinema ainda é analógica. É uma questão de praticidade. A maioria dos cinemas tem peças e técnicos locais que podem consertar um projetor analógico facilmente. Por outro lado, o conserto de um projetor digital freqüentemente requer o envio do aparelho a um técnico especializado, além da compra de peças de reposição. Os projetores digitais usam LCD para criar a imagem em vez de filme. A princípio parece ótimo, nada de riscos ou manchas, mas os projetores LCD têm um grande problema: se o LCD tiver um ou dois pixels estragados (o que é muito comum), esse defeito vai aparecer em todos os filmes mostrados com esse projetor, assim que você trocar o filme riscado ou mudar de filme, somem todos os defeitos da imagem.
FONTE: HowStuffWorks
Oii
ResponderExcluirOpa
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